"Ela o amava, pensava nele noite e dia e sonhava com ele várias vezes. Era um amor impossível. Mas era um amor e isso ninguém podia negar, porque na verdade, ninguém sabia. Ou ninguém acreditava que podia ser um amor.
Ele já tinha a visto uma vez ou outra, mas suponho que nem se lembrasse de sua existência. Talvez se fizesse uma força, tivesse uma vaga lembrança. Mas ela acreditava talvez inutilmente no dia em que finalmente ele a notaria, mais que isso: no dia em que ele gostaria dela.
Ela acordava e enquanto se arrumava para sair, ouvia uma música que a fazia lembrar dele.
Ele acordava, escovava os dentes ainda quase dormindo e vinha na cabeça os tantos compromissos de sua vida corrida.
Seus mundos eram muitos diferentes, mas alguma coisa lá dentro de cada um os unia e ela sabia disso. Ela precisava disso.
Talvez escrevesse pra desabafar, talvez guardasse tudo pra si e continuaria sonhando. Afinal, de sonhos é que a alma se alimenta."
(LF)
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