quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Amor pra recomeçar!


eu te desejo não parar tão cedo,
pois toda idade tem prazer e medo;

e com os que erram feio e bastante,
que você consiga ser tolerante;

quando você ficar triste,
que seja por um dia e não o ano inteiro;

e que você descubra que rir é bom,
mas que rir de tudo é desespero;

desejo que você tenha a quem amar
e quando estiver bem cansado, ainda exista amor pra recomeçar!

eu te desejo muitos amigos,
mas que em um, você possa confiar;

e que tenha até inimigos,
que é pra você não deixar de duvidar;

desejo que você tenha a quem amar
e quando estiver bem cansado, ainda exista amor pra recomeçar!

eu desejo que você ganhe dinheiro,
pois é preciso viver também
e que você diga a ele pelo menos uma vez, quem é mesmo o dono de quem!

desejo que você tenha a quem amar
e quando estiver bem cansado, ainda exista amor pra recomeçar!

PRA RECOMEÇAR!

Frejat


Então, mais um ano que tá entrando pela nossa porta e que ele traga amor, amor pra recomeçar!


domingo, 28 de dezembro de 2008

Até então


Você chega e quebra todo o realismo do lugar
tudo começa a tremer, as coisas até saem do chão
Até que você mesmo, estala os dedos
e tudo pára. Cada coisa no seu lugar
como deve ser e ninguém tinha entendido até então.

Larissa Fontes

Meio, pela metade, mais ou menos.


Amar pela metade, meias verdades, querer mais ou menos... Isso tudo podia não ser, mas é tão constante. Ou tudo ao contrário: amar por inteiro, sinceridade plena, desejo desesperado... Tudo tão confuso, né? Feito só se perceber quem está indo embora, amar só vendo o fim do amor da outra parte. É de todo mundo esse negocio de se agarrar na saudade até sem querer, de sentar e ficar olhando pro nada, como se não estivesse vendo o tempo passando e esbarrando em você toda hora. É?


terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Passeio pelos "constantes" pensamentos...


Tem uma coisa que eu penso muito, a cada ansiedade minha: que eu sou jovem, que vou aprender muita coisa ainda, que vou estudar e ser uma grande atriz, que vou entender muito mais da vida e ser uma grande pessoa, escrever bem, conhecer palavras, pessoas e sentimentos novos. Só que ao mesmo tempo, me vem uma sede de tudo ter que ser agora, um negócio de "tenho que tentar, a hora é agora"... Vontade de ir embora, de estudar só o que eu gosto, de fazer só o que eu gosto, de fazer arte, conhecer, conhecer, conhecer... Tudo isso acompanhado de um medo. Medo de não conseguir, medo de não tentar... Medo do desconhecido.

Quando pequena, uma hora pra mim era uma eternidade, demorava tanto a passar, uma agonia. Hoje, uma hora não é tempo suficiente nem pra me arrumar pra sair. E quando eu penso em toda a minha ansiedade, penso junto que já já meus dezoitos anos passaram, vou ter responsabilidades, que talvez olhe pra trás e me arrependa de tantos medos. E não quero isso. Quero tentar, mesmo com medo. Quero seguir os meus instintos. Mais que isso: seguir o meu coração.
Passar por cima dos medos, ou até pegá-los como ajuda, para que me guiem na medida certa. Que me mantenham alerta, pois o desconhecido nem sempre é amigo.
Li hoje "Carta a um jovem ator", do cineasta Domingos Oliveira e esse texto me fez dar uma volta pelos meus pensamentos que apesar de constantes, necessitam de muito serem trabalhados ainda.
Os seus primeiros conselhos foram de total apoio à minha sede: viva cada dia como se fosse o último, respeite seus desejos. E então, termina com um belo "vocês tem muita coisa a aprender".
A pressa que as vezes me aflige, tento conter. Mas a ansiedade é mais forte que eu, me consome muito, em muito do que faço. Tenho sede de logo. Do agora.

Ao som de Caetano em "Oração ao tempo", não sei mais o que dizer...

"Peço-te o prazer legítimo
e o movimento preciso
tempo, tempo, tempo, tempo
quando o tempo for propício
tempo, tempo, tempo, tempo..."

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008


Meu coração esses dias falou teu nome sem querer.

Parei.
Foi como conseguir escutar música da chuva,
exergar o céu no teu chapéu azul...

Larissa Fontes

domingo, 14 de dezembro de 2008

Um dia desses eu apareço


Um dia desses eu apareço,
te abraço sem dizer nada
não vai precisar,
você sentirá tudo o que eu quero passar.

Um dia desses eu apareço,
te olho e te sorrio sincero
talvez você não saiba o que fazer
mas não se preocupe,
porque eu também não sei.

Um dia desses eu apareço,
te peço a mão e seguro com força
talvez você não entenda,
mas vai sentir o calor e aquela sensação.

Um dia desses eu apareço
e te entrego um bilhete
com uma frase qualquer de música
e vá embora,
mas estarei de longe olhando o sorriso que vai dar.

Um dia desses eu apareço,
canto pra você a nossa primeira música
e talvez você me abrace.
Talvez não.

Um dia desses eu apareço e talvez...


Larissa Fontes

pedido de casamento

eu sei que a gente ia ser feliz juntinho
pra todo dia dividir carinho
tenho certeza que daria certo,
eu e você, você e eu por perto.

eu só queria ter o nosso cantinho,
meu corpo junto ao seu mais um pouquinho
tenho certeza que daria certo,
nós dois sozinhos num lugar deserto.

se você não quiser,
me viro como der
mas se quiser, me diga por favor!
pois se você quiser,
me viro como for
para que seja bom como já é.

eu sei que eu ia te fazer feliz
dos pés até a ponta do nariz
da beira da orelha ao fim do mundo,
sugando o sangue de cada segundo.

te dou um filho, te componho um hino,
o que você quiser saber, ensino
te dou amor enquanto eu te amar
prometo te deixar quando acabar.



arnaldo antunes

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008




Só pra não correr o risco de nunca mais te ver na vida...


sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Do lado de dentro


Tenho tido muito tempo comigo mesma. Distante do que é preciso estar e bem ciente do que isso tudo pode fazer acontecer. Anciosa por cada pensamento e idéia que me vêm, por agarrá-los com toda a minha força. Porque são meus. Serenenizando o coração, pra mais tarde colher tudo que há de vir com a maturidade necessária e a calma alcançada por tantos momentos de "eu comigo".
Estou sendo eu, buscando o eu, conhecendo o eu aqui dentro.
Penso depois de algumas atitudes e julgo se é certo e em como me sentiria se o fizessem comigo. Já olho pra janela ao andar de avião, embora isso não espante o meu medo; já não olho as horas o tempo inteiro, embora isso não diminua a minha ansiedade; já consigo ficar sem o celular, embora deseje falar com alguém; já consigo ser dura e fria quando preciso, embora essa não seja eu; e já consigo ficar sozinha sem me sentir tão só. Estou comendo a solidão. Aproveitando-a, curtindo-a. Solidão no bom sentido, tá? Haha! Nada de tristeza.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Para a minha flor


Uma flor hoje sorriu pra mim. Era de um vermelho incrivelmente vibrante. Jurei que a tinha ouvido falar e cheguei mais perto. Ela me disse que almas e auras que transbordam e exalam perfume de poesia sempre se encontram, mesmo sem querer. E é sempre lindo, como tudo que soa poético. Como música, com ritmo e letra em sintonia. Como olhares que se encontram regados a sorrisos bobos e radiantes.
A flor pediu que eu não fosse embora. Eu não queria ir. A queria comigo todo o tempo de agora em diante. Mas se a arrancasse, ela morreria, logicamente. Então lembrei de um trecho do livro Brida, de Paulo Coelho. Ele disse que quem possuir uma flor, verá sua beleza murchando, mas quem apenas a olhar, a terá para sempre. E assim a tenho e a terei. Para sempre.


Larissa Fontes