Tem uma coisa que eu penso muito, a cada ansiedade minha: que eu sou jovem, que vou aprender muita coisa ainda, que vou estudar e ser uma grande atriz, que vou entender muito mais da vida e ser uma grande pessoa, escrever bem, conhecer palavras, pessoas e sentimentos novos. Só que ao mesmo tempo, me vem uma sede de tudo ter que ser agora, um negócio de "tenho que tentar, a hora é agora"... Vontade de ir embora, de estudar só o que eu gosto, de fazer só o que eu gosto, de fazer arte, conhecer, conhecer, conhecer... Tudo isso acompanhado de um medo. Medo de não conseguir, medo de não tentar... Medo do desconhecido.
Quando pequena, uma hora pra mim era uma eternidade, demorava tanto a passar, uma agonia. Hoje, uma hora não é tempo suficiente nem pra me arrumar pra sair. E quando eu penso em toda a minha ansiedade, penso junto que já já meus dezoitos anos passaram, vou ter responsabilidades, que talvez olhe pra trás e me arrependa de tantos medos. E não quero isso. Quero tentar, mesmo com medo. Quero seguir os meus instintos. Mais que isso: seguir o meu coração.
Passar por cima dos medos, ou até pegá-los como ajuda, para que me guiem na medida certa. Que me mantenham alerta, pois o desconhecido nem sempre é amigo.
Li hoje "Carta a um jovem ator", do cineasta Domingos Oliveira e esse texto me fez dar uma volta pelos meus pensamentos que apesar de constantes, necessitam de muito serem trabalhados ainda.
Os seus primeiros conselhos foram de total apoio à minha sede: viva cada dia como se fosse o último, respeite seus desejos. E então, termina com um belo "vocês tem muita coisa a aprender".
A pressa que as vezes me aflige, tento conter. Mas a ansiedade é mais forte que eu, me consome muito, em muito do que faço. Tenho sede de logo. Do agora.
Os seus primeiros conselhos foram de total apoio à minha sede: viva cada dia como se fosse o último, respeite seus desejos. E então, termina com um belo "vocês tem muita coisa a aprender".
A pressa que as vezes me aflige, tento conter. Mas a ansiedade é mais forte que eu, me consome muito, em muito do que faço. Tenho sede de logo. Do agora.
Ao som de Caetano em "Oração ao tempo", não sei mais o que dizer...
"Peço-te o prazer legítimo
e o movimento preciso
tempo, tempo, tempo, tempo
quando o tempo for propício
tempo, tempo, tempo, tempo..."
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