quarta-feira, 24 de setembro de 2008

No último dedo da mão direita


Momentos de intenso mal estar. Uma certeza, uma dúvida e uma dose incalculável de insegurança. Chegou a doer fisicamente. O corpo inteiro se contraiu com a força de um sentimento ruim. Ansiedade. Vontade de enfrentar logo de frente, mas ao mesmo tempo querer adiar o máximo que puder, "não tô pronta ainda". Por mais que exista uma preparação psicológica, "ainda não tô pronta".
Não queria estar escrevendo essas coisas, mas elas estão saindo, mal conseguiram se segurar até eu pegar um papel. Tive que correr pra que elas não escapulissem pela boca. Ainda não quero. Não quero. Alguma coisa aqui dentro me faça parar.
Cheguei. Chegou a hora.
E foi como havia esperado todo o tempo antes. Digo pelo menos o que aconteceu no lado de dentro. O lado de dentro do de fora não posso contar, não sei. Treinei tanto. Mas... Nó na garganta, vontade de fazer uma contradição. Um orgulho a mostra. Talvez a insegurança de ter feito a coisa certa ou não. Não querer ver e procurar com o olhar a todo momento. Ainda o sentimento ruim. Por que ele não vai embora? Ainda bem que ninguém pôde perceber o terremoto aqui dentro.
Até que eu vi. Ainda estava alí. Vi aquela coisinha e sorri sem perceber. Quando me dei conta, fechei a cara novamente e tentei me convencer de que aquilo não tinha sido um sorriso.

Larissa Fontes

"Eu sei, jogos de amor são pra se jogar.. O jogo segue, nunca chega ao fim e recomeça a cada instante. Se quiser jogar, me liga. Me liga!" (Paralamas do sucesso)

Um comentário:

Leandro Moreira disse...

AMIGA, ESTÁ SURPREENDENTEMENTE SURPREENDENTE

:D


LEO