quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Para uma borboleta


Vou contar a história de uma largatinha. Apesar de pequenina, sempre foi serelepe. Já imaginaram uma largatinha serelepe? Pois era. Era colorida, tinha quase todas as cores do arco-íris e encantava a todos quando passava em seu habitat. Se apaixonou por um pássaro branco. Era um pássaro raro, que lhe cantava as canções mais belas e lhe prometia o céu e a terra. Aconteceu de um tempo em que esse pássaro teve que fazer sua viagem ao um dos extremos do mundo com seu bando, prometendo seu amor mais lindo e puro. A largata começou a vagar triste, dizem até que perdeu um pouco do brilho de sua cor. Enquanto dormia, sentiu alguns fios a cobrindo, estranhou, ficou com medo e chegou a pensar que era a morte a abraçando. Dormiu por um tempo que nem ela soube o quanto. Quando acordou, viu que estava diferente. Coisas estranhas tinham surgido, as cores que antes se espalhavam por seu corpo fininho e reto, agora faziam cores em forma de coração. Pensou que não poderia mais andar, estaria privada de tudo que sempre esteve acostumada. Estava deformada. Não entendia a beleza e nem o porquê daquelas coisas em seu corpo. As outras lagartas a julgavam, a olhavam feio. Isso a fazia mais triste do que se olhar no espelho e não saber o que acontecia com seu corpinho. E pra completar, não tinha por perto o amor e o canto de seu pássaro branco. Ela tentava voltar a sonhar, mas aquilo estava alí e ela não entendia. Chorou um dia inteiro, sem parar.
Um dia, percebeu que aquelas coisas estranhas eram asas. E podia voar. Podia bater aquelas metades de coração que elas a levariam para qualquer lugar que quisesse. As asinhas, que antes pareciam a atrapalhar e privar de toda uma vida, era parte de sua natureza. Era o destino dela. E que lindo destino.
O pássaro não voltou. Ela percebeu que não precisava mais dele, pois suas asas a levariam mais alto do que aquele céu prometido. Aprendeu que nem sempre o canto mais doce é o mais puro e verdadeiro. Hoje, seu maior orgulho e sua maior alegria são suas asas. Elas lhe devolveram sua alegria de viver e seu sorriso. Tão coloridas e bonitas! Seu voar é como um verdadeiro bailar no ar.
Ainda parece frágil, embora tenha-se feito forte feito uma verdadeira ROCHA.

Ah, e seu fraco ainda são os passarinhos. Haha!


P.S.: Com todo o amor!

Larissa Fontes

Um comentário:

Annielly disse...

E quando a borboleta se sentiu incapaz de voar o céu a abraçou e te carregou no colo, mostrando as belezas da vida, fez com que ela erguesse a cabeça e voasse a observar toda a beleza que sua vida lhe separou. Desde então a borboleta voa diariamente em todo o céu, fazendo guarda, sem deixar que nenhuma tempestade o cubra impedindo-o de ver o sol. Ela bate suas asas fortemente para que o vento carregue a tempestade para longe, deixando o céu sempre ensolarado e contagiante. Assim o céu e o sol se tocarão diariamente, fazendo com que a borboleta possa se apaixonar livremente pelo seu pássaro cantante!



Coisa mais liiinda do mundo amiga, estamos quites agora fizemos uma a outra chorar, com as mais belas e puras palavras de amizade, e o quanto siguinifica para nós.
Te amo muuuito e a borboleta continua a voar carregando toda a tempestade!!!
mil beeeijos nesse coração mais puro do mundo!