"Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo. Repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante (...) Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder." Caio F. Abreu
domingo, 26 de outubro de 2008
Silêncio que fala
Amo-te assim, amiúde
ocultando cada detalhe
para proteger-te de todo olhar.
Tateando, como no escuro
cada pensamento teu no meu,
para que de muito amor,
possam emergir e transbordar de ti,
como mar que não se contenta
e vem através de suas ondas tocar-lhe os pés.
Meus loucos desvarios,
voam lentamente até onde estás,
e chego a tocar teu rosto com uma feroz calma
irreconhecível.
Me mete medo essa coisa que vem de ti,
tranformando-se em ânsia de conhecer-te
ousando sentir cada silêncio e cada distância
que me trás de volta a mim.
Larissa Fontes
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