domingo, 5 de outubro de 2008

Reclamando território


Ele as vezes sumia. Quando isso acontecia, meio que se apagava nela. A fazia pensar que estava se apagando nela também e olhava pro chão desanimada. Não sabia onde ele estava, o que fazia. Sabia que ele também não sabia nada dela. Estranho essa distância da sintonia.
Então, ele reaparecia com a mesma normalidade que sumia. Chegava com aquelas palavras que davam aquela paz, e ela não sabia se ele tinha pensado nela esse tempo, mas ao ouvi-lo se calava. Como se uma luz se acendesse no momento exato.

Sentia esse sentimento dependente de algo que o alimentasse. Atenção, um carinho. Apesar da ligação, quando ela pensava nele, alguma coisa lá dentro estalava, como quem reclama um território.
O sentia distante... E pedia pra que ele não deixasse isso acontecer.

Larissa Fontes


Um comentário:

Anônimo disse...

escreve!